sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Você que eu não conheço mais

Aproximadamente dois meses depois (...)

- Desde quando você toma cerveja?
- Não é minha, tô só segurando.

Chega o dono da cerveja com o vinho dela.

- E aí cara! Lembra de mim?
- Opa, você fica melhor sem a camisa do Corinthians.


Horas depois (...)

- Posso falar com você?
- Pode.

A conversa sobre engenharia civil, interrompida por ele, continua por mais 5 minutos.

- Diga meu bem!
- Meu bem, não.
- Fala.
- Não te paguei ainda porque to sem receber a dois meses.
- Relaxa, esse dinheiro nunca fez falta.
- Mais quanto é?
- Não lembro, tanto faz.
- Vou depositar R$ 200,00 então.
- Não exagera!
...
- Você veio com ele meu!
- Ue, algum problema?
- Não.
- Tão ta. Vou lá que ele ta sozinho.

(...)

A sensassão foi de ter conversado com qualquer outro estranho que existia naquela festa. Conversa fria, inconsequente. O coração continuou no mesmo ritmo, ao contrário do que acontecia antes quando se falavam. Ela mal sorriu, e não tinha interesse pelo que ele falava. Talvez o amor que ela tinha, ele tenha derrotado. A força que segurava o laço pela outra ponta ja não a pertencia mais.

Eram estranhos e só.