E estava ali, parada, sem porque nenhum, caçando exclamação em céu de interrogação. Ninguém sabia o porque. Ela mesma não sabia. Ou talvez soubesse. Vagava agora num horizonte sem fim, atrás de borboletas. E sonhava vez em quando sem querer acordar.
Então, lambeu os dedos sujos de chocolate, sentiu um gosto amargo, pensou na paixãozinha vagabunda, nas borboletas, nos acordes, naquela inquietude interior, que aos olhos alheio pareciam mais silêncio, e escreveu sem pensar:
"Serão só andorinhas?"