segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Desconhecido


- Combinado então! Encontro-te às 19h00.
- Está certo. Até logo!
- Beijão, tchau, tchau.
- Beijo.

Aproximadamente 2h50 depois, ele parado em frente ao carro preto, ansioso, olhava de um lado para o outro. Ela saia da padaria com aquele seu hábito de menta as mãos. Atravessou a rua e segui em direção ao carro, indicado posteriormente ao telefone pelo rapaz. Ele sorriu mesmo sem saber se era ela. Ela retribuiu.

- Olá!
- Oi - sorriu ela.

Beijo nas duas bochechas.

- Realmente nunca te vi por aqui.
- Pois é, nem eu você.

O vento soprava com força os longos cabelos castanhos que a jovem não vencia ajeitar.

- Vamos entrar?
- Claro.

Deu a volta, abriu a porta e indicou a ela que entrasse. Envergonhada sorriu. Entrou, acomodou-se e olhou para ele. Sorriu novamente e o rapaz fechou a porta.

"Não pode ser." - pensava, mas era.

A conversa fluiu durante todo o trajeto. Planos, trabalho, opiniões e experiências. Falaram de futebol, de amor e relacionamentos, lembraram-se das responsabilidades e do profissionalismo. Mas o foco era o caráter, a índole. Conversa saudável.

Chegaram. O local era calmo e gostoso. A escolha foi dele, e ela adorou. Entraram, dirigiram-se a mesa. Ele puxou a cadeira, ela sentou-se sorrindo com a bochecha rosada e tímida. Pediram sucos, caipirinha e batatas. Mais conversas, descobertas e admiração. Mundo pequeno e grande ao mesmo tempo.
Em meio a uma conversa sobre o reflexo das escolhas tomadas, ela:

- A vida é feita de escolhas, acredito (...)
- É, então vamos fazer a nossa.

Beijou-a. Terminado, ela sorriu. Ele também.

- Onde é que se escondeu todo esse tempo?
- Na rua de trás da tua casa.

Risos de ambos. E outro beijo.

- Teu sorriso é lindo.
- Para!
- Tua timidez também.

Ela sorriu. Ele beijou-a.

Mais beijos e conversas. A conta e mais meia hora no local. Retomaram o carro.
Chegado ele:
- Obrigado pela noite.
- Não agradeça, também gostei.
- Adorei teu sorriso, é lindo.
Ela sorriu tímida. - Obrigada.
- Não vai não.
- Tenho que ir - sorriu.
- Vai me dar a honra de vê-la novamente?
- Porque não?

Ele sorriu, beijou-a. Despediram-se.

- Até logo então! Boa noite.
- Tchau, boa noite.

Ela entrou. Ele foi para casa.

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